domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não facilite com a palavra AMIZADE!

Pense e queira
Queira e sonhe
Sonhe e viva
Viva e ame
Ame e ame...
E pense
Queira
Sonhe 
 E viva!
Sheila C. Stach              


Sempre entendi a amizade como o amor. Incondicional. Verdadeira. E, nesse sentido, vale a frase do poeta Drummond: "não facilite com a palavra amor...". Amor e amizade se cruzam, confundem-se, brincam, brigam, mas, se há amor não há fim, não há mistérios. Há paciência, sentimento, silêncio. Se um amigo está longe, se há amor, não faz diferença. Está lá. Está aqui. E quando há o encontro é como se o tempo não tivesse passado. É o seu amigo que está ali. Do seu lado. As lembranças dos momentos vividos, as risadas, choros, brincadeiras, a infância, a adolescência, o dia do casamento, daquela ligação pedindo: "pode me ouvir?", aquele email, aquela foto...Enfim, não há vazio, só o transbordar de amor. Por isso acredito somente nessa amizade. Regida pelo amor. A amizade não pode ser quantificada. Explico. Não importa a quantidade de vezes que os amigos se encontram, mas em quais momentos eles estão juntos. Vale a pena lembrar quando aquele amigo, esse que falo do amor, esteve ou está contigo. Esse amigo nem sempre é aquele da turma. Ou melhor. Ele não precisa enturmar-se, ser, de fato, parte de um ou outro grupo. Ele tem de valer simplesmente por ser seu amigo. Incondicional. E verdadeiro. Numa amizade de amor.  Assim, com todo o respeito a Drummond, parafraseio: Não facilite com a palavra amizade.


Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão ( e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

RESSALVA


Versos... não
Poesia... não
um modo diferente de contar velhas histórias

Cora Coralina (Poemas dos Becos de Goiás )

Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

Sol, música, bate-papo, família, amigos, cachorro, quintal...Viva este lindo sábado de carnaval!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Esses humanos...

Conheci ontem, com meus alunos da aprendizagem - Senac Itaquera -, a instituição "Lar das Crianças Casa do Caminho, Núcleo II, Vidas Especiais", situada neste mesmo bairro. A visita foi uma aula de cidadania, respeito ao próximo e aprendizado sobre a educação para crianças e adolescentes com necessidades especiais.

Uma das frases mais bonitas que ouvi por lá, dita por uma das educadoras, foi: "O deficiente existe para que as pessoas não deficientes se humanizem". Achei interessante e importante refletir.

Segundo o dicionário Houaiss, humanizar-se significa,  em sentido direto, tornar(-se) humano, dar ou adquirir condição humana. Mais a frente ele apresenta outros significados que dão coerência a essa reflexão.

A palavra tem o sentido da benevolência, da tolerância, do "humanar(-se)" e acrescenta, ainda, "tornar(-se) mais sociável, mais tratável; civilizar(-se), socializar(-se)" .

Ponto interessante. Onde é que o Homem deixou de ser Homem? Deixou de ser humano? 


Fazer o bem deve ser regra básica a todas as pessoas do mundo. Respeito e tolerância são fundamentais à integridade humana. Condição básica do "SER" realmente humano. E isso independe de qualquer situação. 

Mas, a sociedade está desumanizada. Complicado. O que parece simples toma proporcões difíceis de compreender. Violência, desigualdade, desrespeito à diversidade, preconceito e falta de sensibilidade tomam o lugar comum nas relações sociais. Bondade e generosidade, por exemplo, tornam-se qualidades raras e dignas de elogios. Inversão de valores? 

Onde está o "sujeito moral" que existe em cada um de nós?

A individualidade e o egoísmo fazem com que as pessoas, cada vez mais solitárias, deixem de viver a solidariedade e reconhecer o Outro como sendo um Outro eu. 

Responder a questão "Como devo viver?" deve ser um exercício de busca a uma resposta com sentido universal. Atitude de construção moral para que realmente possamos "con-viver" com igualdade de direitos, felicidade e, acima de tudo, amor!

Sheila C. Stach

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Lindo filme: "A Jornada de Terry"

Ontem, passei pelo Canal Futura (cuja programação gosto muito) quando ia começar o Cine Conhecimento, com o filme "A Jornada de Terry", baseado em fatos reais. Pela apresentação da sinopse achei bastante interessante e decidi assistir.

Trata-se da história de um jovem que, aos 21 anos, teve uma de suas pernas amputadas em razão de um câncer. Indignado ao presenciar o sofrimento de crianças e outras pessoas com o mesmo mal, traça um plano para arrecadar fundos para a pesquisa da cura do câncer no Canadá.  Decide cruzar o país de costa a costa acompanhado por seu irmão e seu melhor amigo que os ajudavam, levando água, alimentação e acima de tudo incentivo e apoio.

Terry começa sua jornada St. John's, em Terra Nova e Labrador, na costa atlântica, em 12 de abril de 1980, e pretende ir até Vancouver, Colúmbia Britânica, na costa pacífica, numa jornada que acaba conhecida como Marathon of Hope (Maratona da Esperança, em português).

Terry Fox corre durante a Marathon of Hope, em média, o equivalente à uma maratona - 42 quilômetros - por dia. No total são 143 dias de persistência e dedicação a causa.

O mote do filme não é abordar a doença, mas sim a superação e a coragem de Terry em não desistir de sua luta. Vence as forças da natureza, passando por momentos difíceis durante a maratona. Seu objetivo é a conscientização da população e autoridades sobre a necessidade de uma atenção especial às pesquisas relativas ao câncer.

Uma das melhores partes é quando ele faz amizade com um menino de doze anos com o mesmo problema dele. Trecho repleto de cenas lindíssimas. De motivação, esperança e amor.

O esforço do Terry valeu a pena. Sua luta está viva na existência da Fundação Terry Fox e nas corridas que continuam sendo realizadas em vários países para arrecadar fundos para essa causa.Aqui o site da Terry Fox Foundation. 

Recomendo!

Sheila C. Stach

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Alagados! Até quando?



Dentro do ônibus parado
Muitas pessoas
Lá fora muita sujeira
Corre com a água
Povo sem mágoa
Cheio de canseira
Aguarda
Que baixe a poeira...
Poeira não,
A água

Alguns descem do ônibus
Impaciente povo
Que anseia por algo novo
Brasileiro! Que vida tem?!
Mas, ainda há quem diga:
Está tudo bem!

Mais de duas horas no ônibus,
Tudo parado,
Buzinas e comentários
A mulher cansada reclama
"Ficar duas horas sofrendo não dá"
E o moço na janela
Nessa hora pra tudo se apela

Não consigo ver lá fora
Quero ir embora
Todos pensam assim
Mas, o ônibus anda 1km em uma hora

Que situação esta
Tem gente no ponto lá fora
Lado de fora que chora

A angústia
Incessante
Toma conta das faces
Estou angustiada,
Mas, aqui sentada.
Sheila C. Stach

Escrito em março de 2000, quando voltava do trabalho em um dia de enchente em São Paulo. Até quando? Tudo do mesmo jeito! Ou pior?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CIRS - Conferência Internacional Sobre Redes Sociais

Escola-de-Redes, uma rede de pessoas dedicadas à investigação teórica e à disseminação de conhecimentos sobre redes sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving, está convocando todos os interessados para participar e realizar a CIRS – Conferência Internacional sobre Redes Sociais. O evento será realizado em Curitiba, entre os dias 11 e 13 de março de 2010, com participação de Clay Shirky, Steven Johnson e Pierre Lévy.
Três grandes palestras serão o ponto alto do encontro:
O Poder de Organizar sem Organização ministrada por Clay Shirky.
Redes sociais e emergência será proferida por Steven Johnson de Nova York, autor de seis best-sellers sobre intersecção entre ciências, tecnologia e experiências pessoais.
O futuro da investigação sobre redes sociais ministrada por Pierre Lévy (Ontário / Canadá), filósofo, escritor e professor do Departamento de Comunicação na Universidade de Ottawa, Canadá e da Universidade Paris VIII.
Uma característica inovadora da CIRS é o seu processo de realização: o evento está sendo divulgado e organizado de modo distribuído. Ou seja, cada pessoa que quiser colaborar pode divulgar o evento como se fosse seu: pode inventar uma marca, fazer e distribuir um folheto ou um cartaz, criar um banner para publicar no seu site, blog ou plataforma de rede na Internet – tudo isso sem a necessidade de pedir autorização, receber orientação e sem precisar entrar em contato com alguém.
Este é o desafio. Um iniciativa como esta só se concretiza com com base na colaboração.
Veja como você pode ajudar na realização da CIRS.
1) Assessoria de imprensa – feita de modo distribuído, ou seja, quem puder fazer não precisa entrar em contato com ninguém para tanto. Clique em Ajudando a Realizar a CIRS e veja como ajudar.
2) Um grupo de pessoas de Curitiba – que possa coordenar a oferta de hospedagem em casa para pessoas que não têm como pagar hotel.
3) Divulgação. A meta é 1 mil inscritos. 60% dessas vagas já estão ocupadas. Ainda faltam, porém, 400 pessoas.
Para mais informações e inscrições, acesse o site da Escola-de-redes

Fonte: Portal do Voluntário  http://portaldovoluntario.org.br/blogs/54354/posts/6237

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sentido da vida!

Celebrar a vida é ter a certeza de que ela nunca termina! Somos a extensão de quem se foi e continuaremos sempre em alguém. Eis o sentido da nossa existência.

Crianças emocionam no Parque do Ibirapuera

No último dia 25, aniversário da cidade, tive oportunidade de apreciar, no Parque do Ibirapuera, o Coral da Gente, do Instituto Baccarelli. O projeto promove o aprendizado de canto e coral a crianças e adolescentes da comunidade do Heliópolis, em São Paulo, e do DER, comunidade de São Bernardo do Campo.
Só descobri esses detalhes quando cheguei em casa. Encantada, logo fui buscar o nome do instituto na internet para conhecer melhor tal iniciativa.É motivador saber que ações como essa, que contam com o apoio da iniciativa privada, desenvolvem talentos, despertam sonhos, resgatam auto-estimas. Fascinam os pais que enxergam nesse “presente” a possibilidade de um bom futuro aos seus filhos. E emocionam o público!! Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto. Parabéns pequenos grandes talentos da música brasileira. Sucesso! Nossos ouvidos e corações agradecem! Clique aqui e conheça o Instituto Baccarelli

Sheila C. Stach