domingo, 2 de outubro de 2016

Lembranças: o futuro da escola

E se tenho algo a dizer ainda hoje é que dia eleição traz algo de muito bom! A volta ao passado. Subir essas escadas, da escola onde passei boa parte de minha vida. Infância e início da adolescência. Novamente um misto de sentimento. De um tempo bom, de bons professores, de aprendizados que trago até hoje, de colegas e amigos que mantenho. Outros que fico aqui pensando, onde será que estão? Que rumo tomaram suas vidas? Saudade. Das brincadeiras no pátio. Ali, meu irmão e eu, paramos por um instante, olhamos e tecemos alguns comentários...Ele lembrou-se de uma escada, que já não existe mais, mas que os meninos desciam e pulavam do corrimão antes de chegar ao fim dela, escorregavam...Brincadeira perigosa. Hoje, tiraram a escada e deixaram um portão...Algo estranho, porque se alguém abri-lo cai de uma altura, acredito de uns 4 metros, acho eu. Porque aquele portão esta ali?? Queria entender? Seria a porta dos desesperados? Falamos do palco, da merenda...Enfim. Mas, o outro sentimento é de tristeza. A escola está bem descuidada, grades soltas, colocando em risco a vida de crianças e adolescentes, lâmpadas também soltas, umidade pelos tetos, brinquedos quebrados, janelas quebradas, pintura feia. Isso num breve olhar. Além de muitas grades que a fazem mais parecer um presídio do que um espaço de desenvolvimento, de liberdade para a construção do conhecimento. Mas, nem vou falar do ensino. Pois, não tenho muita propriedade para comentar. Alguma coisa eu sei de lá. Já faz um tempo, professores não sentiam-se confortáveis em lecionar no período noturno , amigos meus, e o ensino também era fraco em todos os períodos, segundo alguns pais, também amigos meus. Algo comum nas escolas públicas de São Paulo. Sim ou não? Num paradoxo, minha mãe também hoje, por motivo da eleição (minha cunhada vota na escola em que minha mãe estudou) reviveu o passado. Contou-nos também suas saudades, do banco onde ficava com suas amigas, das brincadeiras, do baile no pátio. Enfim, e o espaço está bem mais conservado, sem vidraças quebradas, há cortinas na sala, a pintura está preservada, menos grades? Talvez. Mas, o ambiente me passou mais tranquilidade. Sobre o ensino de lá, desconheço totalmente. Mas, senti um grau maior de preservação e consciência dessa importância. Num mesmo bairro, duas escolas muito próximas, ambas bem antigas. Qual será o problema. Gestão Educacional? Gestão Escolar? Gestão Pública da Educação? Tudo junto? Conheço muitas escolas públicas na periferia de São Paulo e, em sua maioria, estão muito descuidadas. Professores muito desmotivados, alunos que não vêm sentido e significado em estarem ali, parte de suas vidas. O que eles sentirão quando lá retornarem depois de adultos? Muita coisa para refletir. Como educadora me entristeço, mas também revigoro minhas esperanças. Falamos do futuro, pensamos nisso o tempo todo. Queremos mudanças. Mas precisamos conhecer e enxergar todas as realidades, e entender que o futuro será construído dentro da relatividade, da subjetividade. Muitas vezes o que será retrógrado para uns, para outros será um grande avanço. Refiro-me a duas escolas muito importantes para o bairro da Vila Ema: Stefan Zweig e Joy Arruda. E vamos em frente! Aos colegas abaixo, muitas saudades!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Vida que segue. Vida que ensina...


É certo que a vida nos ensina...Mas, há muito não escrevo aqui e tantas coisas aconteceram e tanto eu já aprendi. O mais certo ainda é que o aprendizado não tem fim. É sempre renovado, integrado a conhecimentos já adquiridos e experiências vencidas ou frustradas. 

Nesse tempo, dois últimos anos, consegui conhecer a amargura da dor de uma grande perda - com todas as situações que antecedem e sucedem esse terrível, mas inevitável acontecimento. Também pude entender que sou mais forte do que podia imaginar. Venci minha tristeza, lidei com minhas incertezas espirituais, filosóficas ou religiosas - como queiram chamar. Segurei a onda daquela vontade de gritar e chorar ininterruptamente para colocar-me em segundo ou terceiro plano. A regra era ser forte para ajudar minha mãe - que era sim o primeiro plano diante dessa dor - e meu irmão e juntos podermos passar por cada etapa posterior ao falecimento de meu pai. Compreensão dos acontecimentos, visão real da situação, como quando esfregamos os olhos e tiramos os grãozinhos que nos atrapalham a enxergar. Correrias, sapos engolidos, raiva de uns, mágoas de alguns tantos, reconhecimento e carinho de outros. Nessas horas, verdadeiramente, conhecemos pessoas, identificamos quem se preocupa com a nossa dor, com nossos problemas. Pouquíssima gente. Isso é fato. Mas, o melhor é reconhecer que a família é a maior força que se tem. E quem tem, tem e ponto. Eu tenho. 

No segundo momento, aprendi que a vida continua. Assim meu pai dizia,  mas eu tinha lá as minhas dúvidas. Ela continua mesmo. Não com a mesma cor. Mas com outros tons e cores...E tudo segue. Neste caminho, de maneira quase simultânea a dor , revelou-se a mim, a força do amor. Um novo amor. Certamente nesse momento eu aprendi, mais uma vez, que posso até mudar os "canais", mas o controle não está em minhas mãos. E esse novo amor fez-me perceber o quanto a alegria pode renascer, a vontade de viver e os problemas podem ser desenrolados acompanhados de bons momentos. Uma coisa não precisa ofuscar a outra. Pelo contrário, somados eles são menos doloridos. Num espaço rápido de tempo estava noiva de um, até então, colega de trabalho. Que ironia do destino. Alguém a quem eu vivia dizendo "agora não posso", "fica pra próxima", referindo-se aos convites para sairmos. E assim, começou em minha vida um novo ciclo. 

Construção de um relacionamento, divisão de tempo, sentimentos, atenções divididas...Vontade de cuidar e estar com a mãe e com a família, mas também vontade de seguir adiante e constituir família. Novo aprendizado. Tudo pode e deve caminhar junto. Quem me ensinou? A grande professora de minha vida, minha mãe. "Filha, vamos fazer  o seu casamento lindo". "Desejo a vocês que sigam e tenham a casa de vocês, que sejam felizes...eu vou ficar bem", dizia ela. E mais: "você e seu irmão já fizeram de tudo pelo seu pai, agora precisam seguir a vida de vocês, a mãe vai ficar bem". Chorei muitas vezes para entender que tudo era possível sim. Mas, ela sempre forte foi quem impulsionou-me a realização de mais um sonho: casar-me. 

Em 13/12/2014, Enio Melo e Sheila Cristina Stach, agora com Melo no final, casaram-se na Paróquia Santíssima Trindade, no bairro de Santa Cecília, em São Paulo. Depois de um ano e nove meses de namoro. Foi um dia inesquecível construído com muito carinho, cuidado e dedicação dos noivos, da mãe e do irmão da noiva. Um dia ensolarado e de muito calor. Uma noite quente, cheia de emoções e alegrias. Presenciaram esse momento 193 pessoas, das 230 convidadas. Uma cerimônia linda, com palavras da Carta aos Coríntios, do Apóstolo Paulo - sobre a importância do amor e seus ingredientes. Abraços e lágrimas. Aplausos. Delicadezas das crianças envolvidas, enfim. Tudo muito lindo. Foi como um conto de fadas. 

Hoje, vão-se dois meses e meio de uma nova vida. Apartamento novo, onde já conseguimos habitar. Aos poucos vamos arrumando e deixando com nosso "jeito". Presentes organizados e já em uso. Só temos a agradecer a todos que nos ajudaram a preencher o nosso lar com tudo que é necessário para uma casa funcionar! Especialmente a minha mãe a quem nem sei como retribuir tanto carinho, tanta ajuda e dedicação. 

No último sábado, 21/02, fizemos nossa primeira recepção. E como não podia ser diferente, minha mãe, meu irmão, minha cunhada e sobrinho (que também chegou como presente em nossas vidas nesse mesmo espaço de tempo - entre a dor e o amor - e é lindo demais) foram os primeiros convidados. Foi uma tarde linda, em família, com direito a churrasco, música, risadas e pra fechar um bom filme no final de tarde. 

Tivemos e temos dificuldades a superar. Enquanto casal, Enio e eu vamos aprendendo a realidade da vida a dois. As mudanças de  humor, os medos, os desafios financeiros, pois, claro, sobraram dívidas desse "conto de fadas", mas, aquelas palavras ditas na cerimônia, o apoio dos amigos e familiares, os nossos juramentos declarados diante de todos, revelam um amor que será resiliente aos atropelos do caminho e resistirá sempre com mais e mais aprendizados. Enquanto família, ainda sobram resquícios da dor e questões a serem resolvidas.  Minha mãe segue firme - e eu não desgrudo dela. Tratei de morar perto. Meu irmão e cunhada estão com ela. E assim, vamos seguindo e vivendo! 

Vida que segue...Vida que ensina. 

24/02/2015. 








quinta-feira, 17 de julho de 2014

Cresça pelo amor...

O amor me faz crescer...O amor em todos os sentidos e plenitude! O amor de família me ensina o sentido da solidariedade, do companheirismo, do valor às diferenças, do respeito, do apoio e do compartilhar....Isso tudo eu transfiro para o meu amor amante, noivo...namorado. Um amor que acrescenta novas doses de aprendizado! Insere maneiras diferentes de conviver, de amar...Amplio para os amigos e levo um pouco de tudo isso, acrescentando o amor que recebo diariamente em pequenos gestos...A amizade revela um amor puro e sublime! Seja qual for a maneira....Ame!! Ame a vida...Ame o seu próximo! Ame-se! 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sorriso





"Nem toda dor, nem todo escuro
Serão capazes de apagar o brilho do meu amor
Minha alegria de viver me leva e me conduz para o melhor
Sou feliz e trago no sorriso um sonho maior!"
 

 SCS