sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mensagem Natal



O sentido do Natal

Por Sheila Cristina Stach, Natal de 2006

O que escrever na mensagem de Natal que vou dedicar aos meus queridos familiares e amigos? Essa foi a indagação que me fiz antes de começar a redigir estas breves linhas. E então, parei pra pensar no sentido desta data. O que o Natal representa pra mim?

E assim, comecei a lembrar-me de quando era criança...

Todos os anos, minha mãe pedia para eu e meu irmão escrevermos em um papel o que queríamos ganhar de presente. Depois ela colocava os papeizinhos dentro de um de nossos sapatos, os deixava na janela e dizia: “Vamos esperar pra ver se o Papai-Noel vai trazer o que vocês pediram”. E nós, eu e meu irmão, ficávamos esperando ansiosamente aquele dia: o momento de ganhar nossos presentes.

Na véspera do Natal, por volta das 22h, meu pai convidava suas crianças para um passeio, às vezes até a padaria, uma volta ao quarteirão, enfim, ele dava um jeito de nos tirar de lá. E quando voltávamos: que pena, o papai-noel já havia passado lá em casa.

Minha mãe e minha avó, do lado de fora da casa, então nos contavam que o velhinho tinha escondido a chave e que precisávamos achar para poder entrar e ver se ele tinha trazido os nossos pedidos.

Todos os anos a mesma coisa. Mas, sempre procurávamos aquela chave com tanta ansiedade, como se estivéssemos procurando um diamante.   E quando achávamos, abríamos a porta e víamos ali, de forma muito cuidadosa e bonita, todos os nossos presentes arrumados próximo a árvore de Natal, também sempre linda e que enfeitávamos todos juntos.

Mas, antes de abrir os presentes, tínhamos de orar um pai-nosso e uma ave-maria. Meu pai, minha mãe e minha vó faziam orações espontâneas – meus pais sempre se emocionavam e não foram poucas às vezes em que víamos rolar lágrimas de seus olhos.

Depois ainda tínhamos de cantar, em alemão, uma tradicional música natalina. Eu e meu irmão nos olhávamos durante esse ritual, ameaçávamos rir – mas sempre com muito medo do olhar de meu pai –  e nos mantínhamos prestando atenção em tudo aquilo.

E o tempo passou. Crescemos. E esse ritual continua até hoje, de forma diferente, é claro. A chave não é mais escondida e sabemos que o Papai-Noel não vai passar. Mas, nos presenteamos, às vezes até com pedidos prévios (rs),  oramos e cantamos. E hoje, não são raras às vezes em que eu e meu irmão nos pegamos com lágrimas nos olhos nesse momento.

E então, diante de tudo isso consigo perceber que a verdadeira chave estava no sentido de Natal que nossos pais queriam que entendêssemos. Na fé em Deus que durante todo o ano nos deu força para passarmos por tantos momentos juntos. Uns muito difíceis, outros menos e outros de muita alegria. E em cada passo vencido, a certeza da presença da magia do Natal: a união da família, o amor de um pelo outro, como reflexo do amor de Deus pelo seu filho Jesus Cristo e por todos nós, irmãos e filhos também!!

E essa mágica, esse sentimento, eu quero dividir com todas as pessoas que eu amo. Amigos, parentes, mãe, pai e irmão!!  E eu desejo, profundamente, que essa energia divina, cheia de luz e paz, esteja presente em todos os dias do novo ano, em todos os dias de nossas vidas!!!

Termina pra mim e, certamente, para a minha família, um ano de vitória, agraciado e abençoado !! Tivemos provas gigantescas do que a fé em Deus e o amor são capazes de promover!!! E aqui, eu aproveito para agradecer a todos os amigos e parentes que estiveram ao nosso lado! Muito obrigada, tenham a certeza que nunca nos esqueceremos de nenhum gesto ou palavra de carinho e apoio recebida.

Que comece outro ano repleto de realizações, com desafios sim, e que Deus nos dê força e serenidade para passarmos por todos os momentos que vêm pela frente... Bons, ruins, alegres ou tristes... Que vivamos cada minuto, cada segundo, sempre com intensidade!!! Carpe Diem!!

Feliz Natal, meus queridos!!!  

Mensagem Natal


Chegou o Natal!

Momento de refletir
De sentir
Limpar as mágoas
Agradecer as coisas boas
Resgatar o que se aprendeu
Com o que deu errado
E seguir

É momento de paz,
Olhe pra trás
Com cuidado
Abrace os amigos e parentes
Que estiveram ao seu lado
Como verdadeiros presentes
Naquele momento voraz

Levante a cabeça,
Um novo ano chegará
Pense em Deus
Do seu jeito
E nunca se esqueça
Que ele atenderá
A todos os pedidos seus

Se alegre, ria, cante
Acredite em você
Trace o seu caminho
Com humildade e generosidade
Faça um novo ano marcante,
Forte e seguro como um ninho
Para o nascer de uma nova verdade!

SCS, Natal de 2005.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Emprestar ou não emprestar um livro? Eis a questão

João comprou um livro bom, que emprestou a Mariana, que adorou e emprestou ao namorado, que não leu e não gostou, mas o emprestou ao Oliveira, que só leu até o meio, antes do acidente, e a finada, Dona Aurora, achou o livro, não leu, não devolveu, nem sabia como, mas o ofertou ao vizinho, o simpático Sampaio, que gostou tanto do livro como da finada, e se casaram, mas o livro, enfim, morreu no Sebo depois que os dois se separaram… 

Emprestar ou não emprestar? Eis a questão. Não falo de um livro ruim, que não gostamos, que nos foi dado e está ocupando espaço na estante. Falo de nossos “grandes livros”, aqueles que relemos vez ou outra, que amamos, que gostamos de passar olhar e ver que continua ali, que mostramos aos amigos, aos filhos e que não poucas vezes fazem parte da herança, do legado que deixamos. 

Não são poucos os que não emprestam livros nem por ordem judicial, não falam do assunto e passam a vida a pensar em desculpas para não emprestá-los. Também existem aqueles que emprestam, não sabem negar, mas dolorosamente sofrem a cada dia em que o dito não volta. Óbvio que existem os “senhores gentileza” que emprestam sempre, que não se incomodam e nem se revoltam quando o “livro sagrado” foi parar nas mãos “de quem mesmo?” 

O poeta e escritor Gabriel Gomez, autor de Borges e outras Ficções (2008), em sua obra “A culpa é do livro”, uma coletânea de dez narrativas deliciosas, cada uma contando uma história muito própria com relação a algum livro (a culpa por qualquer coisa é sempre do livro), em uma delas conta que se costumava escrever nos livros uma maldição para aquele que por ventura ousasse colocar as mãos no seu livro (“A quem furtar um livro da minha biblioteca, que se transforme em uma serpente em suas mãos e o subjugue, que seja atacado por paralisia e todos os seus membros sejam amaldiçoados. Que agonize em dor, gritando por perdão. Que não haja descanso para sua agonia, até que se afunde na dissolução. Que os vermes dos livros roam suas entranhas…”). Gomez mostra que cada livro tem para cada leitor uma importância visceral, formando, ambos, quase uma amalgama. Escreve ele em uma das narrativas (O bilhete perdido): “Cultivei o ato da leitura sabendo que nenhum livro é o primeiro, e nenhum é o último. Sempre percebi que formar uma biblioteca é um ato de criação; assim, como considero livros o principal instrumento da imaginação, não os leio tentando aprisionar o superficial. Todos esses livros são, para mim, companheiros vivos, que sorriem, choram, abusam, formam, acalentam, respiram. Minha surrada colcha de retalhos literários. Convivem pacificamente entre novos e velhos, lidos e esquecidos, clássicos e anônimos e valem pela satisfação que provocam em quem os têm nas mãos. Eu os sinto todos ligados a mim por laços invisíveis e remotos”. É a pura verdade, e como emprestar para alguém algo assim? 

Já o romancista, ensaísta e editor Alberto Manguel, em sua obra Uma história da leitura (1997) escreve que um livro traz sua própria história ao leitor. Será possível emprestar nossa história para outros? Ou será que por isso mesmo devemos emprestar, para que os íntimos possam saber o que nos é caro? Cada um terá sua própria resposta com referência ao ato de emprestar um livro. Qual é a sua?


Kelly de Souza é jornalista colaboradora da Revista da Cultura e Blog da Cultura. Compulsiva por literatura, chocolate e escrita - não necessariamente nessa ordem.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ame!

"Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos."



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

É bom abrir aquela gavetinha...

Reviver o passado. Sentir a intensidade de momentos que pareciam esquecidos naquela gavetinha que a gente não ousa tocar. Abri-la. Uma boa emoção.
Não há ressentimentos. Nem culpas. Só boas lembranças, carinho e respeito. É o que fica do que passou. O que se consegue resgatar. Suave sensação. Sorriso no coração.
A gaveta deixa de amedrontar. Remonta uma nova história. A única certeza: o tempo reconstrói tudo com um tom diferente, novas cores, outro sentido àquilo que foi vivido. Magia da vida e do tempo!

A volta

Na volta o caminho era
Distante e amendrontador
Fazia a espera angustiante
E o medo avassalador
Na volta havia revolta
O tempo crescente
A vida gigante
No trecho doído
Sem sonho e sem cor.
                                  By ScS

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Leitura: "A CABANA", de William P. Young

Não posso deixar de postar aqui minha impressão sobre o livro "A Cabana". Li por recomendação de uma amiga e indico a todas as pessoas, independente de religião ou crença. Na verdade, no ano passado, quando fui assistir a uma aula de Teologia em um curso que minha mãe frequentava, um professor falou sobre a abordagem do livro. Outras pessoas também comentaram e  não pude deixar de ler. Adorei. Além de ter um lindo enredo, o autor consegue abordar com cuidado os mistérios sobre quem é DEUS?  Ou o que é DEUS? Trata de questões cotidianas no relacionamento com a espiritualidade divina. Qual é o nosso papel nessa história ? Será que esperamos respostas? De fato, elas existem? Deus castiga? Qual é a nossa expectativa sobre Deus? Será que estamos certos? E ELE,  deposita em nós alguma expectativa ou nos conhece tão bem a ponto de não esperar nada, além daquilo que somos capazes enquanto suas criaturas? Um livro para ler com a alma e o coração. Tenho certeza que você irá se emocionar, encontrará algumas respostas e talvez termine com muitas perguntas... Estamos falando de algo transcendental...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Moradores se mobilizam para preservar área verde na Vila Ema

VANESSA CORRÊA
DE SÃO PAULO

Moradores da Vila Ema (zona leste de SP) estão se mobilizando para tentar impedir que uma área verde usada pela população vire um conjunto de prédios.
Lá, na pequena chácara ocupada por uma família de imigrantes alemães, as crianças apanhavam frutas e casais celebravam seus casamentos. Apesar de ser área privada, o lugar sempre foi usado pela população, com o consentimento dos donos.
A falta de áreas verdes, cada dia mais disputadas pelo mercado imobiliário, levou os moradores a se organizar para preservar as 477 árvores que ocupam o terreno de 16.804 m2.
Fernando Sálvio, 27, nascido no bairro, montou um blog sobre o movimento - http://vivaoparque.wordpress.com/ - e já colheu cerca de 1.500 assinaturas entre moradores a favor da criação de um parque no local, que fica a sete quilômetros do centro de SP.
A ideia é entregar o abaixo-assinado à prefeitura, que já aprovou a construção de quatro torres com 400 apartamentos no total. O terreno foi comprado em 2008 pela construtora Tecnisa. A construtora instalou portões.

Leia a íntegra:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2508201010.htm

Fonte: Folha de São Paulo, Cotidiano, 25.08.2010.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Filme: Mãos Talentosas

Acabo de assistir o filme "Mãos Talentosas" - A história de amor do Dr. Benjamin Carson. Comovente, baseado em fatos reais, demonstra o quão poderosa é a nossa mente e o quanto somos capazes de realizar tudo o que desejamos se acreditamos em nossa própria capacidade. Lição de dedicação, busca, disciplina e fé. Vale a pena!


Ficha Técnica

Título original:Gifted hands: The Ben Carson story
Gêneros: Drama, Biografia
Tempo:90min
Ano:2009
Direção:Thomas Carter
Roteiro:John Pielmeier
Elenco:
Cuba Gooding Jr. (Ben Carson)
Kimberly Elise (Sonya Carson)
Aunjanue Ellis (Candy )
Gus Hoffman (Teen Bennie)
Jaishon Fisher (Bennie)
Loren Bass (Yale Professor)
Geoffrey Beauchamp (Dr. Freeman)
Danny Goldring (Professor Burket)
Lesley Bevan (Miss Williamson)
Angela Dawe (Augusta Rausch
Produtora:
Sony Pictures

domingo, 18 de julho de 2010

Quem é você?

Recebi o vídeo com o título "Quem é você" e gostei muito. Fala do sonho, amor, imaginação...Linda música, versa sobre aquilo nos mantém vivos...No sentido mais verdadeiro da VIDA, que nos faz renascer...! Desenvendar novos lugares, encarar outros medos, rir e chorar...Faz crescer, tranquiliza e revigora.. e tudo mais.. É o amor!! Mas, quem é você???!!

Clique no link para assistir: Quem é você?



sábado, 3 de julho de 2010

Infância


Ah...
Quando vem a lembrança de criança
Tem a esperança!
Cheiro de pipoca
Barulho do pique-pique
A bola do queima
O pega-pega
E o esconde-esconde...
Ah...
Quando vem a lembrança
Parece uma dança
Ritmada na alegria
Às vezes rock, às vezes samba
Quando o dia termina
No compasso da valsa
Toda criança cansa da estripulia
Ah...
Quando vem a lembrança
O sorriso da memória
Faz lembrar dessa história
Não sei de onde, mas é de longe,
E não importa a distância,
Todo mundo tem saudades
Desse tempo da infância!


SCS

domingo, 6 de junho de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

Quem cuida dos corações?

Uma consulta de rotina ao cardiologista. Assim era pra ser. Aproveitei o retorno de minha mãe a esse médico e marquei para sermos atendidas juntas.
Imaginei que chegando ao médico, depois de ser recebida com um aperto de mão e um bom dia, ele atenderia minha mãe, analisaria seus exames, orientando-a sobre os cuidados necessários.
Em seguida, passaria a me atender. Eu diria que estava ali para uma avaliação sem nenhum antecedente, apenas para cuidados preventivos. Ele ouviria o meu histórico, tiraria minha pressão arterial, escutaria os batimentos cardíacos, preencheria as guias médicas para exames laboratoriais e eu iria embora determinada a voltar para apresentar os resultados e tudo bem...Uma consulta normal!
Mas, não foi assim!
Ao chegarmos o Dr. nos recebeu com um bom dia, sem ao menos nos olhar, respondendo ao nosso cumprimento. Sentamos e ele logo foi dizendo à minha mãe: a sra. pode "ir abrindo" os envelopes dos exames para agilizar o atendimento. Assim fizemos. Sim. Porque preferi ajudá-la para que ela não ficasse tensa.
Olhou os exames e ao notificar um pequena alteração em um dos resultados perguntou: - vocês têm condições para comprar um aparelho de pressão no valor R$ 250 em 10 vezes? A sra. vai precisar de um.
Achei estranho o modo como falou, mas continuei assistindo a cena.
Minha mãe respondeu: - claro, posso comprar sim. Então, disse o médico, vou explicar o que preciso que faça e caso tenha alguma dúvida, pergunte. Na primeira dúvida, ele debochou da minha mãe. Na segunda, foi comigo, "acho que você não ouviu o que eu disse", respondeu a mim.
Comecei a ficar nervosa. Respondi com educação, mas com firmeza: - Ouvi, o sr. disse 'isso, isso e isso também', mas a minha dúvida é 'essa e essa outra'. Ele respondeu com mais calma.
Terminada a consulta dela, veio a pergunta enquanto olhava a minha ficha:  - você não é a Sheila? Diga que não. Precisarei sair da sala para resolver um problema com um funcionário. Não posso deixar de cuidar disso.
Ouvíamos ao longe uma discussão. Alguém, que nos parecia ele, gritando: - Fala! fala!
Quando voltou, pegou o telefone e disse que precisava conversar com seu advogado. Saiu novamente. Olhei para minha mãe e perguntei se não se tratava de uma pegadinha. Procurei a câmera, mas não encontrei. Continuamos ali, só não sei porque.
Depois de uns quinze minutos, quando novamente retornou a sala, ainda falando com seu advogado, ficamos atônitas com a conversa: - não tem problema, dizia. O fulano trabalha comigo há uns 30 anos e vou pagar a faculdade de medicina do filho dele, essa dívida ele não terá como me pagar nunca. Preocupa-me a outra... 
Enfim desligou e começou a nos explicar: - sabe o que é? Contratei uma estagiária, que engravidou, não quer saber de trabalhar e ainda foi cobrar na justiça os seus direitos trabalhistas. Desde quando estagiário tem direitos minha senhora, falava em tom bastante irritado. Minha mãe, logo respondeu: - infelizmente, deviam ter seus direitos garantidos.
Nessa hora, nem queira imaginar como ficou desfigurado o tal médico. Disse que em nosso país as pessoas são folgadas, trabalham seis meses e depois forçam uma demissão para ganhar os benefícios do governo. Um país presidido por um bossal, continuava ele...
E muito mais...
Peguei minhas guias depois de ele mal ter ouvido meus batimentos cardíacos, que estavam a mil de tanta raiva que estava daquele homem repugnante, e viemos embora. Minha mãe e eu. Dedicidas a nunca mais colocar os pés naquele consultório.
Quando saímos ela me perguntou porque não havia brigado ou discutido, já que me conhece e sabe o quanto devia estar incomodada com aquelas atitudes e palavras.
Realmente até eu fiquei surpresa com minha reação. Mas, pensei que não adiantaria qualquer palavra minha. O "bossal" não entenderia. Uma pessoa que não sabe o que é respeito, educação e ética. Tão pouco entende de dignidade humana para falar das pessoas que trabalham com ele daquela maneira. Discutiríamos em vão. Até pra discutir tem de valer a pena. 
O melhor remédio para esse médico é o descaso, a perda de clientes (pacientes).  E, nesse caso, cuidar dos corações acaba sendo uma contradição!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Toda a poesia de Vinícius de Moraes


Brasiliana USP publica acervo completo de poemas de Vinicius de Moraes no site


Nesta segunda-feira (26), a Biblioteca Brasiliana USP começou a disponibilizar o acervo completo de poemas de Vinicius de Moraes (1913-1980) em sua versão digital.
O bibliófilo José Mindlin (1914-2010) doou "Toda a Poesia de Vinícius de Moraes", que reúne 15 livros do poeta, à Brasiliana. "O Caminho para a Distância" (1933) e a primeira edição de "Orfeu da Conceição: Tragédia Carioca" (1956) são algumas das obras de destaque.

À época da morte do poeta, a Lei de Direitos Autorais estipulou que esses versos só poderiam entrar em domínio público 60 anos após sua morte ou a de seu último herdeiro direto. Ou seja, apenas em 2040. A publicação digital na Brasiliana USP somente foi possível após a autorização da VM Empreendimentos Artísticos e Culturais, detentora dos direitos autorais de Vinicius.

No dia da abertura (26) do Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, um ônibus-biblioteca digital de 1928 --com cinco leitores de e-books-- marcará o lançamento dos 15 livros poéticos. Com emissão da voz de Vinicius, o veículo declamará os versos.

O público também terá acesso aos arquivos na entrada do Hotel Novotel Jaraguá (r. Martins Fontes, 71, região central de SP), das 11h às 14h, somente hoje. O Simpósio --que tem o intuito de discutir a digitalização dos acervos culturais do Brasil-- será organizado pelo Ministério da Cultura, Casa da Cultura Digital e Projeto Brasiliana USP da Universidade de São Paulo, entre os dias 26 e 29 de abril.

Fonte: Folha Online - Bol Notícias , em 27/04/10, 01h02.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Devaneio ou Realidade?


Clique com botão direito para ouvir a música em um nova janela
 
Ouvir uma voz. Contar um sonho.
Sentir um gesto. Olhar o universo.
Perceber os sons. Tocar as flores.
Contemplar o mar. Viver um amor.
Amor que não é sonho.
Gesto que é toque. Universo de dois. 
Palavras sussurradas.
Infinitamente essa onda. O horizonte. Fonte. 
Uma visão.
Sem dor. Toque e suavidade. 
Dois, três, quatro. Família. 
Afluente. Caminho. 
Claridade.
Sabor.
Doação e entrega. 
Encontro.
Devaneio ou realidade?

Sheila C. Stach

segunda-feira, 12 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Exposição reúne fotos tiradas por deficientes visuais

Exposição reúne fotos tiradas por deficientes visuais: "Entre os dias 7 e 30/4/2010, no Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, o Senac apresenta a exposição fotográfica Acessibilidade, com fotografias feitas por deficientes visuais."

segunda-feira, 22 de março de 2010

Só boas notícias! Agradeço imensamente a Deus!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Entre pai e filha


Clique para ouvir Ave Maria - Por Jorge Aragão

Quero me lembrar do dia em que me embalou no colo. Me chamou de filha, minha menina. Rolou comigo no tapete, brincou de esconde-esconde, pega-pega e amarelinha. Carregou-me em seus ombros pra que eu pudesse ver tudo lá de cima. Lembro-me de quando aceitava o seu convite, mesmo sem saber pra onde íamos. Das poucas vezes que consegui boiar no mar de olhos fechados porque sabia que os seus estavam bem abertos. De andar de pedalinho, de me sentir um pássaro lá no alto do teleférico. De achar engraçado você dançando comigo o "Ilariê" no dia em que me levou pra ver a Xuxa no Parque Antartica. De passear de barco e de me assustar com as suas molecagens. Quero me lembrar só do que foi e é bom entre a gente. Do seu vigiar enquanto eu estava na rua. Do dia em que conheceu o meu primeiro namorado e o ciúmes foi enorme. Interrogatório total. De quando tirava as fotos das minhas amigas na apresentação de dança, pensando que era eu (antes da cirurgia da catarata). De te ver emocionado no dia da minha formatura. Dos momentos em que simplesmente sentamos para comer pipoca e assistir futebol, o São Paulo, é claro, Fórmula 1 ou jogo da seleção. De te ver chorar ao ouvir uma música preferida, como Ave Maria tocada por Jorge Aragão. Das vezes em me elogiou. Ou quando disse: deixa que eu seguro essa, filha...Da vez em me ensinou a enxergar o meu valor de mulher. Só quero me lembrar das coisas boas. De tudo que me faz nesse momento sentir medo. Porque de tantas coisas boas, as ruins ficam apagadas e a única luz que brilha é a desse amor imenso que sinto por você, meu pai. E que me faz pedir a Deus que cuide de você e deixe acesa essa vida que também é minha. Vai dar tudo certo!! Eu confio em Deus! E confio em você! Te amo!.


Escrito em 16/03/2010 às 22h

quarta-feira, 10 de março de 2010

Recomeçar
Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você que chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.
“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

sexta-feira, 5 de março de 2010

De pensar...

De pensar me cansei
Vaguei como sombra
Calada e inebriada 
De tantas palavras 
Ditas
Ouvidas
Parei e descansei.
De pensar eu despertei
Caminhei em passos de luz 
Decidida
Juntei as letras espalhadas 
Vividas 
Sentidas 
Criei novas palavras 
Disse e escutei
De pensar me recriei.

Sheila C. Stach

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não facilite com a palavra AMIZADE!

Pense e queira
Queira e sonhe
Sonhe e viva
Viva e ame
Ame e ame...
E pense
Queira
Sonhe 
 E viva!
Sheila C. Stach              


Sempre entendi a amizade como o amor. Incondicional. Verdadeira. E, nesse sentido, vale a frase do poeta Drummond: "não facilite com a palavra amor...". Amor e amizade se cruzam, confundem-se, brincam, brigam, mas, se há amor não há fim, não há mistérios. Há paciência, sentimento, silêncio. Se um amigo está longe, se há amor, não faz diferença. Está lá. Está aqui. E quando há o encontro é como se o tempo não tivesse passado. É o seu amigo que está ali. Do seu lado. As lembranças dos momentos vividos, as risadas, choros, brincadeiras, a infância, a adolescência, o dia do casamento, daquela ligação pedindo: "pode me ouvir?", aquele email, aquela foto...Enfim, não há vazio, só o transbordar de amor. Por isso acredito somente nessa amizade. Regida pelo amor. A amizade não pode ser quantificada. Explico. Não importa a quantidade de vezes que os amigos se encontram, mas em quais momentos eles estão juntos. Vale a pena lembrar quando aquele amigo, esse que falo do amor, esteve ou está contigo. Esse amigo nem sempre é aquele da turma. Ou melhor. Ele não precisa enturmar-se, ser, de fato, parte de um ou outro grupo. Ele tem de valer simplesmente por ser seu amigo. Incondicional. E verdadeiro. Numa amizade de amor.  Assim, com todo o respeito a Drummond, parafraseio: Não facilite com a palavra amizade.


Não facilite com a palavra amor.
Não a jogue no espaço, bolha de sabão.
Não se inebrie com o seu engalanado som.
Não a empregue sem razão acima de toda a razão ( e é raro).
Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão
de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra
que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra.
Não a pronuncie.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

RESSALVA


Versos... não
Poesia... não
um modo diferente de contar velhas histórias

Cora Coralina (Poemas dos Becos de Goiás )

Assim eu vejo a vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

Sol, música, bate-papo, família, amigos, cachorro, quintal...Viva este lindo sábado de carnaval!!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Esses humanos...

Conheci ontem, com meus alunos da aprendizagem - Senac Itaquera -, a instituição "Lar das Crianças Casa do Caminho, Núcleo II, Vidas Especiais", situada neste mesmo bairro. A visita foi uma aula de cidadania, respeito ao próximo e aprendizado sobre a educação para crianças e adolescentes com necessidades especiais.

Uma das frases mais bonitas que ouvi por lá, dita por uma das educadoras, foi: "O deficiente existe para que as pessoas não deficientes se humanizem". Achei interessante e importante refletir.

Segundo o dicionário Houaiss, humanizar-se significa,  em sentido direto, tornar(-se) humano, dar ou adquirir condição humana. Mais a frente ele apresenta outros significados que dão coerência a essa reflexão.

A palavra tem o sentido da benevolência, da tolerância, do "humanar(-se)" e acrescenta, ainda, "tornar(-se) mais sociável, mais tratável; civilizar(-se), socializar(-se)" .

Ponto interessante. Onde é que o Homem deixou de ser Homem? Deixou de ser humano? 


Fazer o bem deve ser regra básica a todas as pessoas do mundo. Respeito e tolerância são fundamentais à integridade humana. Condição básica do "SER" realmente humano. E isso independe de qualquer situação. 

Mas, a sociedade está desumanizada. Complicado. O que parece simples toma proporcões difíceis de compreender. Violência, desigualdade, desrespeito à diversidade, preconceito e falta de sensibilidade tomam o lugar comum nas relações sociais. Bondade e generosidade, por exemplo, tornam-se qualidades raras e dignas de elogios. Inversão de valores? 

Onde está o "sujeito moral" que existe em cada um de nós?

A individualidade e o egoísmo fazem com que as pessoas, cada vez mais solitárias, deixem de viver a solidariedade e reconhecer o Outro como sendo um Outro eu. 

Responder a questão "Como devo viver?" deve ser um exercício de busca a uma resposta com sentido universal. Atitude de construção moral para que realmente possamos "con-viver" com igualdade de direitos, felicidade e, acima de tudo, amor!

Sheila C. Stach

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Lindo filme: "A Jornada de Terry"

Ontem, passei pelo Canal Futura (cuja programação gosto muito) quando ia começar o Cine Conhecimento, com o filme "A Jornada de Terry", baseado em fatos reais. Pela apresentação da sinopse achei bastante interessante e decidi assistir.

Trata-se da história de um jovem que, aos 21 anos, teve uma de suas pernas amputadas em razão de um câncer. Indignado ao presenciar o sofrimento de crianças e outras pessoas com o mesmo mal, traça um plano para arrecadar fundos para a pesquisa da cura do câncer no Canadá.  Decide cruzar o país de costa a costa acompanhado por seu irmão e seu melhor amigo que os ajudavam, levando água, alimentação e acima de tudo incentivo e apoio.

Terry começa sua jornada St. John's, em Terra Nova e Labrador, na costa atlântica, em 12 de abril de 1980, e pretende ir até Vancouver, Colúmbia Britânica, na costa pacífica, numa jornada que acaba conhecida como Marathon of Hope (Maratona da Esperança, em português).

Terry Fox corre durante a Marathon of Hope, em média, o equivalente à uma maratona - 42 quilômetros - por dia. No total são 143 dias de persistência e dedicação a causa.

O mote do filme não é abordar a doença, mas sim a superação e a coragem de Terry em não desistir de sua luta. Vence as forças da natureza, passando por momentos difíceis durante a maratona. Seu objetivo é a conscientização da população e autoridades sobre a necessidade de uma atenção especial às pesquisas relativas ao câncer.

Uma das melhores partes é quando ele faz amizade com um menino de doze anos com o mesmo problema dele. Trecho repleto de cenas lindíssimas. De motivação, esperança e amor.

O esforço do Terry valeu a pena. Sua luta está viva na existência da Fundação Terry Fox e nas corridas que continuam sendo realizadas em vários países para arrecadar fundos para essa causa.Aqui o site da Terry Fox Foundation. 

Recomendo!

Sheila C. Stach

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Alagados! Até quando?



Dentro do ônibus parado
Muitas pessoas
Lá fora muita sujeira
Corre com a água
Povo sem mágoa
Cheio de canseira
Aguarda
Que baixe a poeira...
Poeira não,
A água

Alguns descem do ônibus
Impaciente povo
Que anseia por algo novo
Brasileiro! Que vida tem?!
Mas, ainda há quem diga:
Está tudo bem!

Mais de duas horas no ônibus,
Tudo parado,
Buzinas e comentários
A mulher cansada reclama
"Ficar duas horas sofrendo não dá"
E o moço na janela
Nessa hora pra tudo se apela

Não consigo ver lá fora
Quero ir embora
Todos pensam assim
Mas, o ônibus anda 1km em uma hora

Que situação esta
Tem gente no ponto lá fora
Lado de fora que chora

A angústia
Incessante
Toma conta das faces
Estou angustiada,
Mas, aqui sentada.
Sheila C. Stach

Escrito em março de 2000, quando voltava do trabalho em um dia de enchente em São Paulo. Até quando? Tudo do mesmo jeito! Ou pior?

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CIRS - Conferência Internacional Sobre Redes Sociais

Escola-de-Redes, uma rede de pessoas dedicadas à investigação teórica e à disseminação de conhecimentos sobre redes sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving, está convocando todos os interessados para participar e realizar a CIRS – Conferência Internacional sobre Redes Sociais. O evento será realizado em Curitiba, entre os dias 11 e 13 de março de 2010, com participação de Clay Shirky, Steven Johnson e Pierre Lévy.
Três grandes palestras serão o ponto alto do encontro:
O Poder de Organizar sem Organização ministrada por Clay Shirky.
Redes sociais e emergência será proferida por Steven Johnson de Nova York, autor de seis best-sellers sobre intersecção entre ciências, tecnologia e experiências pessoais.
O futuro da investigação sobre redes sociais ministrada por Pierre Lévy (Ontário / Canadá), filósofo, escritor e professor do Departamento de Comunicação na Universidade de Ottawa, Canadá e da Universidade Paris VIII.
Uma característica inovadora da CIRS é o seu processo de realização: o evento está sendo divulgado e organizado de modo distribuído. Ou seja, cada pessoa que quiser colaborar pode divulgar o evento como se fosse seu: pode inventar uma marca, fazer e distribuir um folheto ou um cartaz, criar um banner para publicar no seu site, blog ou plataforma de rede na Internet – tudo isso sem a necessidade de pedir autorização, receber orientação e sem precisar entrar em contato com alguém.
Este é o desafio. Um iniciativa como esta só se concretiza com com base na colaboração.
Veja como você pode ajudar na realização da CIRS.
1) Assessoria de imprensa – feita de modo distribuído, ou seja, quem puder fazer não precisa entrar em contato com ninguém para tanto. Clique em Ajudando a Realizar a CIRS e veja como ajudar.
2) Um grupo de pessoas de Curitiba – que possa coordenar a oferta de hospedagem em casa para pessoas que não têm como pagar hotel.
3) Divulgação. A meta é 1 mil inscritos. 60% dessas vagas já estão ocupadas. Ainda faltam, porém, 400 pessoas.
Para mais informações e inscrições, acesse o site da Escola-de-redes

Fonte: Portal do Voluntário  http://portaldovoluntario.org.br/blogs/54354/posts/6237

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sentido da vida!

Celebrar a vida é ter a certeza de que ela nunca termina! Somos a extensão de quem se foi e continuaremos sempre em alguém. Eis o sentido da nossa existência.

Crianças emocionam no Parque do Ibirapuera

No último dia 25, aniversário da cidade, tive oportunidade de apreciar, no Parque do Ibirapuera, o Coral da Gente, do Instituto Baccarelli. O projeto promove o aprendizado de canto e coral a crianças e adolescentes da comunidade do Heliópolis, em São Paulo, e do DER, comunidade de São Bernardo do Campo.
Só descobri esses detalhes quando cheguei em casa. Encantada, logo fui buscar o nome do instituto na internet para conhecer melhor tal iniciativa.É motivador saber que ações como essa, que contam com o apoio da iniciativa privada, desenvolvem talentos, despertam sonhos, resgatam auto-estimas. Fascinam os pais que enxergam nesse “presente” a possibilidade de um bom futuro aos seus filhos. E emocionam o público!! Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto. Parabéns pequenos grandes talentos da música brasileira. Sucesso! Nossos ouvidos e corações agradecem! Clique aqui e conheça o Instituto Baccarelli

Sheila C. Stach

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Internauta traça rota sustentável

Três jovens aventureiros percorrem o Brasil, em busca de iniciativas que ajudem a melhorar a vida no planeta. Esse é o mote do programa Sustentáculos, que começará a ser exibido a partir da metade do ano pela TV Brasil (a televisão estatal), depois de ter vencido o primeiro pitching organizado pela emissora pública. Pitching é um processo transparente de escolha de conteúdos para a grade de programação dos canais de TV, do qual participam produtoras interessadas. Sustentáculos foi o vencedor do processo e agora procura envolver o público na pesquisa dos temas que serão veiculados nos 36 episódios da série. Para isso lançou um site, em que internautas de todo o Brasil poderão divulgar ações que julguem originais e eficientes.

Qualquer tema é bem-vindo: do trato com a água à energia renovável, passando por inclusão social e turismo ecológico. Os três mochileiros começam a viajar em breve por várias cidades do país para conferir de perto e documentar histórias que mereçam ser mostradas. Participe acessando www.sustentaculos.com.br e acompanhe as novidades e o roteiro de viagem também pelo Twitter (http://twitter.com/sustentaculosTV).

Fonte: http://www1.ethos.org.br/

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pais e filhos.Qual é a essência dessa relação?

Tema escolhido por eles: relação entre pais e filhos. Eles, adolescentes, com idades entre 15 e 18 anos. Abordagem:os pais entendem os filhos? E os filhos, entendem os pais? Parece até letra de música, papo antigo, "batido".
Será? Na era da informação, em que repostas às dúvidas sobre os mais diversos assuntos estão tão acessíveis, seja por intermédio da TV, Internet, celular, bate-papos, blogs, sites de busca, revistas e jornais (estes por último, infelizmente), eles querem respostas dos pais, em casa.
Em algum momento é preciso que haja espaço para o diálogo. No café da manhã, no almoço ou no jantar. Aos finais de semana, na hora do boa noite. O que não é possível, em pleno século XXI, é ouvir um jovem dizer: "quase não converso com meu pai".
Exigir mudanças de comportamento, hábitos novos, idéias e atitudes que transformem o caos social é pedir demais para alguém que pouco conhece o mundo em que foi criado. Que acha difícil compreender o ambiente em que cresceu. As pessoas que o educaram.
Medo? Confusão? Insegurança. Pais e filhos precisam quebrar essa barreira. Fundamental para que esses jovens cresçam certos de que podem desbravar o mundo. Com segurança e confiança. Não tenho filhos...Outro dia ouvi uma frase que me fez refletir: "é fácil dizer como se educa quando não se têm filhos". Não penso assim. Considero complicado "palpitar" nesse terreno. Afinal, sempre é difícil refletir no campo do desconhecido. Mas, sendo filha, entendo as necessidades e anseios desses jovens. E sendo um pouquinho mais velha que esses meninos, torna-se menos complicado perceber as dificuldades dos pais e mães. Porque aqui em casa não foi diferente. Houve momentos de tensão, de perguntas sem respostas. De castigos,da rigidez de meu pai e do acalento de minha mãe nessas horas.
Mas, lembro-me mais das conversas nos almoços de domingo, todos sentados à mesa, tagarelando sobre diversos assuntos: o que aconteceu na semana, na escola, os colegas da rua, das brincadeiras, de um assunto que o pai ouviu no rádio ou algo que a mãe tinha lido no jornal, visto na TV ou escutado na igreja. Dos passeios, da vigilância, dos cuidados. Recordo-me de ter brincado de amarelinha no quintal com meus pais. Acho que a essência era evidente. Superava qualquer barreira. Lembro-me do amor. Pensando bem, havia algo de diferente...

 SCS

Quando ainda era noite e chovia!!


O barulho da chuva lá fora me anima, me acalma,
Enche de paz a minha alma
No quarto, à luz do abajur,
Sinto o silêncio de ver o tempo passar,
Como o mar, imenso.
Quero dormir e acordar,
Ver novamente o sol,
Os pássaros a cantar,
Tudo aqui, do meu quarto,
De onde ouço a chuva sem cessar,
Fazer a noite refrescar.
O que eu quero,
Espero.
Sem pressa, sem ansiedade.
O que tenho?
Vida!
E a idade?
Não é verdade.
É só o tempo
Que passa em silêncio
E como o mar, é imenso.
Sem fim, sem limites
Transforma cada momento
Em um novo sonhar
Num sopro de vento,
Ver o dia clarear e
Quiçá, um novo amar.

SCS