terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pais e filhos.Qual é a essência dessa relação?

Tema escolhido por eles: relação entre pais e filhos. Eles, adolescentes, com idades entre 15 e 18 anos. Abordagem:os pais entendem os filhos? E os filhos, entendem os pais? Parece até letra de música, papo antigo, "batido".
Será? Na era da informação, em que repostas às dúvidas sobre os mais diversos assuntos estão tão acessíveis, seja por intermédio da TV, Internet, celular, bate-papos, blogs, sites de busca, revistas e jornais (estes por último, infelizmente), eles querem respostas dos pais, em casa.
Em algum momento é preciso que haja espaço para o diálogo. No café da manhã, no almoço ou no jantar. Aos finais de semana, na hora do boa noite. O que não é possível, em pleno século XXI, é ouvir um jovem dizer: "quase não converso com meu pai".
Exigir mudanças de comportamento, hábitos novos, idéias e atitudes que transformem o caos social é pedir demais para alguém que pouco conhece o mundo em que foi criado. Que acha difícil compreender o ambiente em que cresceu. As pessoas que o educaram.
Medo? Confusão? Insegurança. Pais e filhos precisam quebrar essa barreira. Fundamental para que esses jovens cresçam certos de que podem desbravar o mundo. Com segurança e confiança. Não tenho filhos...Outro dia ouvi uma frase que me fez refletir: "é fácil dizer como se educa quando não se têm filhos". Não penso assim. Considero complicado "palpitar" nesse terreno. Afinal, sempre é difícil refletir no campo do desconhecido. Mas, sendo filha, entendo as necessidades e anseios desses jovens. E sendo um pouquinho mais velha que esses meninos, torna-se menos complicado perceber as dificuldades dos pais e mães. Porque aqui em casa não foi diferente. Houve momentos de tensão, de perguntas sem respostas. De castigos,da rigidez de meu pai e do acalento de minha mãe nessas horas.
Mas, lembro-me mais das conversas nos almoços de domingo, todos sentados à mesa, tagarelando sobre diversos assuntos: o que aconteceu na semana, na escola, os colegas da rua, das brincadeiras, de um assunto que o pai ouviu no rádio ou algo que a mãe tinha lido no jornal, visto na TV ou escutado na igreja. Dos passeios, da vigilância, dos cuidados. Recordo-me de ter brincado de amarelinha no quintal com meus pais. Acho que a essência era evidente. Superava qualquer barreira. Lembro-me do amor. Pensando bem, havia algo de diferente...

 SCS

Nenhum comentário:

Postar um comentário